Ancara foi inicialmente conhecida como Angora ou Engürü, devido aos famosos bodes com longo pelo e valiosa lã (mohair), uma raça única de gatos (gato angorá), e um tipo de coelhos brancos com um pelo muito apreciado (coelho angorá). No período clássico e helenístico passou a ser designada Ánkyra, e no domínio romano foi denominada Ancyra.
Actualmente, Ancara é segunda maior cidade da Turquia, e é a capital do país desde a criação da República em 1923.
Localiza-se no centro da Anatólia, na parte oriental do planalto da Anatólia, a uma altitude de 850 metros e na margem esquerda do rio Enguri Su, um afluente do rio Sakarya (Sangarius). Ocupa o centro da província com o mesmo nome, uma área onde predominam as estepes fertéis propícias ao cultivo do trigo, mas onde também existem zonas de floresta a nordeste.
A província de Ancara possui numerosos sítios arqueológicos hititas, frígios, gregos, romanos, bizantinos e otomanos. Na cidade, o sopé de uma colina escarpada e rochosa que atinge os 170 metros de altitude, é coroado pelas ruínas do castelo. No entanto, restam poucos vestígios da cidade antiga e da sua história otomana mais recente, cujas casas, típicas desta região, foram construídas maioritariamente com tijolos de barro seco ao sol e madeira. Existem, contudo, alguns vestígios bem preservados de arquitectura grega, romana e bizantina. O mais notável exemplar da ocupação romana de Ancara é o templo de Augusto e Roma (Monumentum Ancyranum), em cujas paredes estão inscritos os "Feitos do Divino Augusto" (Res Gestae Divi Augusti). Trata-se de uma narrativa redigida pelo imperador Augusto antes da sua morte, onde relata as suas conquistas.
Templo de Augusto.
Actualmente, Ancara é segunda maior cidade da Turquia, e é a capital do país desde a criação da República em 1923.
Localiza-se no centro da Anatólia, na parte oriental do planalto da Anatólia, a uma altitude de 850 metros e na margem esquerda do rio Enguri Su, um afluente do rio Sakarya (Sangarius). Ocupa o centro da província com o mesmo nome, uma área onde predominam as estepes fertéis propícias ao cultivo do trigo, mas onde também existem zonas de floresta a nordeste.
A província de Ancara possui numerosos sítios arqueológicos hititas, frígios, gregos, romanos, bizantinos e otomanos. Na cidade, o sopé de uma colina escarpada e rochosa que atinge os 170 metros de altitude, é coroado pelas ruínas do castelo. No entanto, restam poucos vestígios da cidade antiga e da sua história otomana mais recente, cujas casas, típicas desta região, foram construídas maioritariamente com tijolos de barro seco ao sol e madeira. Existem, contudo, alguns vestígios bem preservados de arquitectura grega, romana e bizantina. O mais notável exemplar da ocupação romana de Ancara é o templo de Augusto e Roma (Monumentum Ancyranum), em cujas paredes estão inscritos os "Feitos do Divino Augusto" (Res Gestae Divi Augusti). Trata-se de uma narrativa redigida pelo imperador Augusto antes da sua morte, onde relata as suas conquistas.
Templo de Augusto.
A história da região recua à civilização hatti da Idade do Bronze (2500-2000 a.C.), que foi sucedida no 2º milénio a.C. pelos Hititas, no século X a.C. pelos Frígios e depois pelos Lídios e Persas. A cidade expandiu-se e adoptou a forma da cidade de Pontus, maioritariamente conhecida pelos Gregos, que vieram para esta região e transformaram a cidade num centro de comércio de bens entre os portos do Mar Negro, Crimeia, Arménia e Georgia a norte, Assíria, Chipre, e Líbano a sul, e Pérsia a este. Nesse período a cidade adoptou o nome de Ànkyra. Consta que parte da sua população veio de Gordium, depois de um terramoto que aconteceu na antiguidade. O poderio persa chegou ao fim quando se rendeu ao rei macedónio Alexandre, O Grande. Em 333 a.C., Alexandre veio de Gordium para Ancara e ficou na cidade durante algum tempo. Depois da sua morte na Babilónia em 323 a.C., e posterior divisão do seu império pelos seus generais, Ancara caiu nas mãos de Antigonus. Em 278 a.C., Ancara foi ocupada pelos Gauleses, os primeiros a tornar Ancara capital. Nessa altura era conhecida como Ancyra. A história organizada e escrita de Ancara começa com os Gauleses.
Posteriormente a cidade foi conquistada pelos Romanos, Bizantinos, Seljúcidas e Otomanos. Estes últimos só se renderam no final da Primeira Guerra Mundial.
O domínio do Império Romano começou em 189 a.C. e transformou Ancara na capital da província romana da Galácia. Sob o poder romano, Ancara passou a ser a porta de Roma para o leste, e como estava tão desenvolvida, adquiriu o estatuto de cidade-estado ou polis. A sua importância militar e logística continuou durante o longo reinado bizantino, mesmo depois da capital ter passado a ser Constantinopla.
Embora Ancara tenha caído nas mãos de vários exércitos árabes numerosas vezes depois do seculo VI, permaneceu uma cidade importante durante o Império Bizantino e até ao final do século XI. Em 1071, o sultão seljúcida Alp Arslan, abriu a porta da Anatólia para os Túrquicos com a sua vitória em Malazgirt, na Arménia, na Batalha de Manziquerta, onde derrotou Romano IV Diógenes e contribuiu grandemente para o enfraquecimento do Império Bizantino na Ásia Menor. Em 1073, anexou Ancara ao território seljúcida, que viria a ser mais tarde o Império Otomano. O imperador bizantino Aleixo I Comneno reconquistou a cidade aos Túrquicos durante a primeira cruzada. A cidade esteve na posse dos Bizantinos até ao final do século XII, altura em que abandonou o controlo bizantino para sempre. Orhan I, o segundo bey (chefe) do Império Otomano, conquistou a cidade em 1356. Tamerlão (Timur-i-Lenk) ou Timur, O Coxo, sitiou Ancara durante a sua campanha na Anatólia, mas em 1403 Ancara estava outra vez sob controlo otomano. Perto da Primeira Guerra Mundial, a Turquia era controlada pelo sultão otomano Mehmed V, e tendo perdido a guerra, era partilhada por Gregos, Franceses, Britânicos e Italianos.
O líder dos nacionalistas turcos, Kemal Atatürk, estabeleceu o centro de operações do seu movimento de resistência em Ancara em 1919. Depois da Guerra da Independência ter sido ganha e da dissolução do Império Otomano, a Turquia foi declarada república em 29 de Outubro de 1923. Ancara substituiu Istambul (antiga Constantinopla) como a capital da nova República da Turquia em 13 de Outubro de 1923. Depois de Ancara se ter tornado a capital da recém fundada República da Turquia, a cidade foi dividida em duas regiões: a região antiga denominada Ulus (nação) e uma nova região chamada Yenişehir (cidade nova). Os antigos edifícios reflectindo a história romana, bizantina e otomana e as ruas estreitas espiraladas marcam a região antiga. A nova região, agora centrada em torno de Kızılay, tem os traços de uma cidade mais moderna: ruas largas, hotéis, teatros, centros comerciais e prédios. Os edifícios governamentais e as embaixadas localizam-se nesta nova região.
Posteriormente a cidade foi conquistada pelos Romanos, Bizantinos, Seljúcidas e Otomanos. Estes últimos só se renderam no final da Primeira Guerra Mundial.
O domínio do Império Romano começou em 189 a.C. e transformou Ancara na capital da província romana da Galácia. Sob o poder romano, Ancara passou a ser a porta de Roma para o leste, e como estava tão desenvolvida, adquiriu o estatuto de cidade-estado ou polis. A sua importância militar e logística continuou durante o longo reinado bizantino, mesmo depois da capital ter passado a ser Constantinopla.
Embora Ancara tenha caído nas mãos de vários exércitos árabes numerosas vezes depois do seculo VI, permaneceu uma cidade importante durante o Império Bizantino e até ao final do século XI. Em 1071, o sultão seljúcida Alp Arslan, abriu a porta da Anatólia para os Túrquicos com a sua vitória em Malazgirt, na Arménia, na Batalha de Manziquerta, onde derrotou Romano IV Diógenes e contribuiu grandemente para o enfraquecimento do Império Bizantino na Ásia Menor. Em 1073, anexou Ancara ao território seljúcida, que viria a ser mais tarde o Império Otomano. O imperador bizantino Aleixo I Comneno reconquistou a cidade aos Túrquicos durante a primeira cruzada. A cidade esteve na posse dos Bizantinos até ao final do século XII, altura em que abandonou o controlo bizantino para sempre. Orhan I, o segundo bey (chefe) do Império Otomano, conquistou a cidade em 1356. Tamerlão (Timur-i-Lenk) ou Timur, O Coxo, sitiou Ancara durante a sua campanha na Anatólia, mas em 1403 Ancara estava outra vez sob controlo otomano. Perto da Primeira Guerra Mundial, a Turquia era controlada pelo sultão otomano Mehmed V, e tendo perdido a guerra, era partilhada por Gregos, Franceses, Britânicos e Italianos.
O líder dos nacionalistas turcos, Kemal Atatürk, estabeleceu o centro de operações do seu movimento de resistência em Ancara em 1919. Depois da Guerra da Independência ter sido ganha e da dissolução do Império Otomano, a Turquia foi declarada república em 29 de Outubro de 1923. Ancara substituiu Istambul (antiga Constantinopla) como a capital da nova República da Turquia em 13 de Outubro de 1923. Depois de Ancara se ter tornado a capital da recém fundada República da Turquia, a cidade foi dividida em duas regiões: a região antiga denominada Ulus (nação) e uma nova região chamada Yenişehir (cidade nova). Os antigos edifícios reflectindo a história romana, bizantina e otomana e as ruas estreitas espiraladas marcam a região antiga. A nova região, agora centrada em torno de Kızılay, tem os traços de uma cidade mais moderna: ruas largas, hotéis, teatros, centros comerciais e prédios. Os edifícios governamentais e as embaixadas localizam-se nesta nova região.
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